segunda-feira, 30 de julho de 2012

Complexo de Lazer da Foz Palheiros - espelho de água!!!

Já aqui tinha deixado as palavras do enviado especial Rui Neves sobre o Complexo de Lazer da Foz Palheiros: um "espelho de água fabuloso"!
... mas faltavam as imagens. As tais que valem mais que mil palavras...




É real!!!! E está convidativa... Que belos banhos esperamos tomar aqui em Agosto!!!!


Venham visitar-nos! Já só faltam 13 dias... (tinha que ser 13... para dar sorte!)

Um abraço.

domingo, 29 de julho de 2012

Foz Palheiros, anos 80/90

Estamos a construir o Complexo de Lazer da Foz Palheiros. É um sonho antigo, parece que é desta que vai. 

A Foz Palheiros merece-nos um carinho especial. Lembro-me de lá passar tardes inteiras com a minha tia Prazeres que lavava a roupa enquanto eu aproveitava para apanhar peixes e fingir que nadava. Os peixes invariavelmente acabavam mortos numa bacia verde no terraço da casa do meu avô - só anos mais tarde percebi a necessidade das algas para a produção de oxigénio dentro de água e sempre achei que o que eles tinham era fome.Assim como assim, ia-lhes deitando pão (miolo que a côdea era muito dura para eles, coitadinhos!) e ficava contente ao vê-los comer. Sim, também demorei uns anos a descobrir que os peixes em ambiente artificial (não posso propriamente chamar aquário ao alguidar dos meus avós) estão sempre a comer, se preciso for, até rebentar.

Fui, portanto, uma serial killer de peixinhos durante a minha infância. Já com as eirós (ou calhandras, nunca percebi muito bem) não me metia, e valeram-se uns valentes sustos de cada vez que nos cruzávamos. Com os respectivos gritos, saltos e fugas apressadas. Mais tarde aprendi que elas têm mais medo de mim que eu delas (vantagens da selecção natural) e que desde que não se levantem pedras (das grandes, já a dar para o "rocha") ou se evite meter as mãos dentro dos buracos, estamos mais ou menos a salvo destes encontros imediatos. Passo o ensinamento aos mais incrédulos desde então e ostento orgulhosamente aquele sorriso de "eu também já fui assim" de cada vez que vejo uma cena dessas...

Foi na Foz Palheiros que aperfeiçoei o meu estilo preferido de miúda: o "à sapo". Bruços só anos mais tarde, depois de andar na natação. Ainda me rio quando penso nas figuras... mas muitos mergulhos dei debaixo da ponte pequena, sítio fundo o suficiente para ensaiar umas braçadas, rampa de lançamento para voos mais altos no Poço Lavadouro. Mas isso fica para outro post...aqui, fica a última foto que tirei à Foz Palheiros antes de ser construída a primeira represa, em 1990. Era assim, já custa lembrar.

Anos mais tarde, conheci a Foz Palheiros à noite. Dito assim, soa com estilo. Mas era verdade que tinha outro encanto, até porque era o sítio onde se conseguia estar mais perto da água e onde a lua iluminava mais. No início de Agosto, claro. E onde algumas vezes parámos para ouvir música e deitar conversa fora sobre temas importantíssimos de que nunca mais nos lembrávamos. Estávamos juntos e isso era a verdade.

Agora vou levar os meus filhos ao banho à Foz Palheiros. Só há dias percebi como soa estranho "levar ao banho" para quem não seja das nossas aldeias, mas nem quero saber, faz parte da cultura rodafundeirense, relvadamodense e afins. Faz parte de nós irmos ao banho às quatro da tarde, ficarmos chateados se o tempo não está bom para o banho, interrompermos torneios por causa da hora do banho e até ir ao banho com a chuva de trovoada que nos visita sempre mais para o meio/fim de Agosto. E para quem não cresceu na minha terra, isto parece muito estranho. Para nós é apenas bom...

Ouvi dizer que havia quem fosse ao banho num estilo mais natural ou até mesmo de madrugada... mas parece que são só as más línguas a falar. Seria preciso gostar mesmo muito da nossa ribeira de água fresca para mergulhar de noite. Gostar mesmo muito de ir ao banho...

A nossa terra tem um bem espectacular - a ribeira que a acompanha e à nossa vida. Este ano vamos inaugurar o Complexo de Lazer da Foz Palheiros e esperamos poder partilhar este gosto pelo banho com os nossos amigos. Vozes disseram que íamos estragar a Ribeira, mas contamos que gostem tanto do nosso cantinho como nós e que o estimem de igual.

É já a 12 de Agosto. De 2012. É para dar sorte ao CLFP.

Venham tomar banho connosco!
Um abraço.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Todos juntos pelo Complexo de Lazer da Foz Palheiros


Em tempos, não sei bem onde (11 de Fevereiro de 2011) disse que as mulheres da Roda Fundeira sempre foram mulheres de armas, "empreendedoras e esforçadas, conseguindo com os seus poucos recursos, mas com vontade férrea e árduo trabalho, chegar onde todos os outros chegavam. E, às vezes, um pouco mais além...". 

Ora aqui está mais uma achega...
Misturando criatividade, tradição, bom gosto, empenho, disponibilidade e vontade de contribuir, temos como resultado... peças que são necessárias em qualquer casa e que poderão ser adquiridas este verão na Eira Nova, revertendo para a construção do Complexo de Lazer da Foz Palheiros.

Claro que para este trabalho é essencial o conhecimento das ancestrais artes femininas... do crochêt e da costura, não de outras. Mas, principalmente, é necessário alguém, um dia dizer "então e se nós fizessemos...." e outros alguéns aderirem à ideia. Desprendidamente.


Lembro-me de, noutros tempos e para outra obra, as mulheres também se terem unido - na altura estávamos a renovar a Casa de Convívio, a construir o nosso Bar e a equipá-lo. Foi dito que "as mulheres também contam e nós também podemos deixar a nossa marca".


Foram ELAS que juntaram dinheiro, assim numa lista de donativos, uma "sobrescrição" como se dizia ainda mais antigamente, e compraram... um leitor de VHS!!!! Um maravilhoso vídeo... agora pode até parecer pouco ou banal, mas na altura era mais um passo e foi dado pelas mulheres da Roda Fundeira. Anos mais tarde foi roubado, mas isso também é outra história...




 Estamos orgulhosos pelo Complexo de Lazer da Foz Palheiros, pela beleza do espelho de água da piscina cheia... estamos ansiosos pelo "1º banho" de 12 de Agosto, e por todos os que hão-de vir antes e depois...

Fico também orgulhosa pelas mulheres da Roda Fundeira, que continuam activas e empreendedoras, de formas variadas mas com um mesmo objectivo - o bem da nossa aldeia. 

A foto final, como que junto aos troféus... (da esquerda para a direita: Silvina, Paula e Lucinda).


Caso queiram fazer encomendas... é só dizer, que nós encaminhamos!

Um abraço.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Complexo de Lazer da Foz Palheiros - está cheia!

Amigos, ela está cheia!!!!!!!!!

Recebemos dos nossos correspondentes no local informações sobre o Complexo de Lazer da Foz Palheiros. 

Primeiro a reportagem fotográfica do enviado especial Necas




E, finalmente, ontem, o e-mail de confirmação do enviado especial Rui Neves

"Caras & Caros,
Hoje palas 17 Horas a Represa do Complexo de Lazer da Foz Palheiros ficou CHEIA !!!
Temos um Espelho de Água Fabuloso !!
A profundidade no Ponto mais Fundo é de 2,35m !

FALTAM 20 DIAS PARA A INAUGURAÇÃO ...

Bjs & Abs
Rui Neves"
Hoje já só faltam 18 dias (considerando que este já está quase no fim...) e estamos todos ansiosos com o grande mergulho. Agora é só esperar que o São Pedro continue a colaborar connosco e mande noites quentes e dias bons para mergulhar.

Já está quase!!!!
Um abraço!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Foz Palheiros, 1967

Em 1967, era assim a Foz Palheiros, vista do lado da Tapada do Pizão. É a minha mãe na foto, a Adelaide da Munha, nome com que me habituei a apresentar-me: "sou filha da Adelaide da Munha" garantia-me a identificação instantânea de quem se intrigava comigo. 

Ela passava para o Vale das Colmeias, fazenda que tratava, enquanto outras lavavam na ribeira. Os miúdos passeavam entre brincadeiras e tarefas hoje consideradas demasiado para crianças, mas que eram feitas com orgulho de quem conta para a família.

"Encosta-te aí para te tirar uma fotografia" disseram as primas, sobrinhas do Ti Manel Zé (parece que filhas do António). Moravam em Lisboa (em Castelo Picão?) e a minha mãe conheceu-as nesse dia. Ou pelo menos é assim que eu me lembro da história. E ela lá se encostou à ponte, sem jeito, a pensar em como o seu avental de peitilho iria ficar mal na fotografia pelo trabalho que já carregava. E nem sorriu, com a vergonha natural de quem é humilde e pensa no trabalho que a chama, mas tem de dar atenção às primas de Lisboa. Era assim, com 22 anos. Pouco depois também estaria em Lisboa.


A Ribeira do Sinhel acompanha as aldeias que descem a serra quando saímos da Nacional 2 na Portela do Casal Novo. Acompanhava a vida das terras, abastecendo cântaros para refrescar corpo e alma cansados do duro trabalho do campo. Servindo para lavar roupa e trocar desencantos maduros ou sonhos de meninas, lavados com sabão azul e branco, batidos na pedra lavadoira e deixados a corar em cima das moiteiras para o alvor da lixívia que não existia. Mergulhada em Abril pelos que queriam saber nadar, ou no pico do Verão por uma moça mais atrevida desejando não ser apanhada.

A Ribeira do Sinhel também acompanhou a morte da população das aldeias, que o minério não poupou peixes e homens, gerando terras de luto, cobertas do negro dos lenços e roupas que trabalhavam os campos com os filhos nas cestas, sozinhas de companheiros para um futuro que tinham sonhado a dois.

A Ribeira do Sinhel escavou rochas, construiu Poços, moldou beleza por onde correu e corre, apressada e cheia de Inverno, tímida e fresca de Verão.Viu namoros e zangas, perigos e alegrias, ouviu queixas e choros, pensou vidas e mortes e vidas depois das partidas. A Ribeira do Sinhel, a nossa ribeira, criou as pessoas e ensinou-as, ajudou-as também a serem o que são hoje. Faz parte da terra, da nossa terra, de nós, mesmo dos que já nascemos fora de lá.

Na Roda Fundeira, à entrada da aldeia, a Ribeira do Sinhel chama-se Foz Palheiros. Ninguém sabe muito bem porquê, mas é assim à beira da Tapada do Pizão. Noutros lugares, outros nomes, o mesmo encanto e o mesmo sabor nas recordações. Era assim em 1967, tal como a minha mãe. Já foi de muitas maneiras desde então, mas continua igual na água: límpida, fria, acolhedora, pura. Continua nossa. E será sempre assim, enquanto quisermos e continuarmos a dar-lhe a nossa história e a levarmos lá os que nos são especiais. Como ela.

Um abraço.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

O silêncio ainda se ouve e o céu ainda tem estrelas...

Há dias dei por mim a escrever no facebook: "É que o silêncio, nas nossas terras, ainda se ouve e o céu ainda tem estrelas de noite.... e é liiiiiiiiiiindo!!!". E é mesmo verdade!!!

Todos gostamos de olhar para o céu, de vez em quando. Ver as nuvens que passam, ou as estrelas que o enfeitam, o pôr ou o nascer do sol... nem que seja apenas nas alturas em que estamos mais românticos, mas todos parámos a olhar para esta redoma imensa que nos protege e que tem o seu lado místico que atrai. 

Lembro-me que há uns (bons) anos atrás não era tão comum ouvir-se falar de "chuva de estrelas" como um acontecimento noticiável no jornal da noite. Lembro-me também do entusiasmo que sentimos ao planear ir ver a chuva de estrelas, o que era um motivo perfeitamente válido para fazer uma excursão nocturna até à Portela do Casal Novo e "abancar" lá em cima, com um frio dos diabos, e os pinheiros aos nossos pés - ainda não havia assim tantos eucaliptos...

Lembro-me de ter sido um frenesim, de abalarmos da aldeia em fila, contentes porque alguns já tinham carro e assim podíamos saborear a ocasião ao som da nossa música e das nossas parvoíces, juntos como é bom quando se tem vinte anos (ou menos...). E lá ficámos a olhar o céu, a gritar "já vi uma" quando uma estrela cadente solitária atravessava o céu para nos enganar. 

A meio da madrugada resolvemos voltar, defraudados com a chuva de estrelas que afinal não veio, intrigados com o relevo dado pela comunicação social a meia dúzia de estrelas cadentes que estamos habituados a ver no "nosso" céu em Agosto, contentes com o pretexto para a saída e o tema para a conversa de café e banho do dia seguinte... e com a partilha de mais uns bons momentos em saímos todos juntos com um qualquer objectivo de peso.

Quando somos adolescentes, vivemos num minuto o que se vive em horas quando se é adulto. Aquela noite durou semanas (tal como tantas outras noites de Agosto) e lembro-me de chegar a casa e me sentar no parapeito da minha janela a olhar para o céu mais uma vez e a pensar em tudo o tínhamos rido e dançado, dito e sentido naquela noite. Muitas vezes, antes e depois, pensei com o silêncio do céu negro, que é mesmo negro na minha terra, que envolve e aconchega ou assusta consoante o que trazemos por dentro...

 
Pouco passava das 04h00 quando me preparava para dormir, quando, uma após outra, as estrelas choveram do céu. E no silêncio da noite, que na minha terra às vezes tem grilos, eu consegui ouvir aquela chuva no mato seco, enchi a alma com a beleza do céu iluminado e deitei-me mais feliz, guardando o trunfo para jogar no dia seguinte na conversa da ribeira...



Gosto disto. Gosto que, na minha terra, o silêncio ainda se oiça e o céu tenha estrelas de noite. 

Um abraço!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Festas de Verão da Roda Fundeira 2012 - falta um mês!!!


Estás nas ruas!!!!

De hoje a um mês começam as festas de Verão na Roda Fundeira! São só trinta dias que nos separam do reencontro, da amizade, das partidas, da animação, dos jogos tradicionais, das coisas doidas que só se fazem nesta altura do ano e neste local, dos mergulhos frescos na nossa ribeira...

E o cartaz já está nas ruas!!!! Agora já pode planear as suas férias com maior precisão e garantir que está presente na grande inauguração do Complexo de Lazer da Foz Palheiros!!!!


Como sempre, temos petiscos, boa disposição, muita alegria, música, dança, ribeira de água límpida e fresca... e também minis, licor Beirão e outros "combustíveis" que também fazem parte destes dias!!!

Actualizações durante o próximo mês, aqui ou no facebook!

Um abraço em contagem decrescente...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Que belas férias...

É que estão mesmo quase aí!!! Acho que por esta altura andamos todos a desejar as férias (bem merecidaas, certamente) e a reclamar que o país está quase a parar novamente porque está a chegar Agosto. Para mim há muitos anos que Agosto contempla estar a trabalhar para a minha terra. Isto, claro, intervalado com bom petiscos, bons mergulhos, boas conversas, bons ares, boa companhia, bom...

Fui buscar umas fotos do ano anterior, não vá a gente ter dificuldades em lembrar-se da limpidez da nossa água dos nossos poços (aqui o Poço da Relva da Mó) ou até da sua frescura e da reflexão que geralmente se faz após o primeiro mergulho...




 

E como se gasta tanta caloria a andar a pé e a nadar, podemos sempre aproveitar para umas comidinhas mais gulosas...



Gostamos de visitar outras terras, mergulhar noutras águas e respirar outros ares. Aqui na visita anual à Praia Fluvial de Pessegueiro...


E o nosso belo Poço Lavadouro, sempre aconchegado e aconchegante, óptimo para os primeiros treinos na arte do bem mergulhar...


Mais um bom petisco... Adoro aquela tarde em que não temos nada planeado e de repente há um lanche a que temos mesmo de ir. Ou então até temos o jantar adiantado e fica para amanhã porque vamos para outra casa qualquer. Ou então estávamos mesmo na ronha, não nos apetecia arrumar nada, e ficamos com a casa cheia de gente de um momento para o outro, a testemunhar a nossa preguiça... ou ainda outra variante qualquer em que acabamos todos a comer juntos, petiscos variados (e bons!), na casa em que calhar naquele dia, sabendo que no dia seguinte podemos voltar a encontrar-nos assim...


O que é verdade, é que são estas coisas que depois lembramos quando voltamos ao trabalho... ou então que antecipamos quando estamos em época pré-ferias. E é assim mesmo que estou, época pré-ferias.

E que belas férias nos esperam...

Um abraço!



segunda-feira, 2 de julho de 2012

Complexo Lazer Foz Palheiros - Julho 2012

De vento em popa! A todo o vapor! A mil à hora! Num abrir e fechar de olhos!

Não me lembrava de mais expressões para dizer que o Complexo de Lazer da Foz Palheiros está a ficar construído a olhos vistos!!!!




O nosso fotógrafo freelancer enviou-nos mais umas fotos do local onde já estão visíveis os dois socalcos (hehehe!!! ainda um dia criamos uma área protegida de vinha da Roda Fundeira) e os respectivos muros dos dois lados do curso da Ribeira do Sinhel.

Está a ficar bonito, não está? E vai saber tão bem um mergulhito....

Um abraço!