terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Muito doce!!!

Não resisti a deixar-vos umas fotos de abrir apetite... É que qualquer dia, com estas modernices dos Bolos-rei de castanhas, de chocolate, disto e daquilo, já nem se sabe o que é realmente típico. Ora na Roda Fundeira, Relva-da-Mó e arredores, havia muito comm que regalar a vista e o gosto:

 - Rabanadas... perdão, queriam desculpar a "alfacinhice"! As fatias paridas, que é um nome muito-mai-lindo!...










( tão boas, feitas pela minha avó na cozinha negra do fumo, com o pão do cacete...)

 - Filhós...ou cascoréis (como se diz nas nossas aldeias)... ou coscorões (à Lisboeta)...


e estas variações cada vez mais facéis de encontrar em qualquer pastelaria.
  

Parece que, para nos entendermos, temos de chamar coscorões às nossas tradicionais, filhós às da direita e... bom, não sei, não me entendo mesmo. E continuo a ter a sorte de elas me aparecerem lá em casa para eu me deliciar...

- Arroz doce.... que fica sempre bem acompanhado por uma filhó.... (sem, ovo, claro! porque eram precisos para outras coisas)










Contra as minhas expectactivas, parece que os sonhos também faziam parte da tradição. Na Munha não eram costume... e havia quem também os fizesse de abóbora...


E a Bola, que traduzindo, é um pão-de-ló...



Na nossa ceia lá de casa, preferimos deixar a bola para ter o Bolo-rei...


ou, pronto, vá lá, o Bolo-rainha...


E pronto. Num próximo post vou tentar deixar as receitas destas delícias... Por agora, nesta época de festas, vou mesmo continuar a deliciar-me.

E aqui entre nós, que ninguém nos ouve... acho melhor avizá-lo que ler este post pode acrescentar mais uns quilitos à sua cintura...

Um abraço e continuação de Boas festas!

4 comentários:

David Amaral disse...

Sem dúvida o post mais doce que por aqui passou:)

Anónimo disse...

so de olhar me faz salivar

Anónimo disse...

A receita das filhoses era ouro sobre azul, porque a minha mãe fazia sempre sem medidas e nunca consegui apanhar o segredo.

Cristina Coelho disse...

Heheh!
Fica prometido uma serie de posts com as receitas típicas da Roda Fundeira. Mas primeiro, tal como é dito nos comentários, terei de tentar traduzir as medidas muito próprias das cozinheiras ("a olho", "mão cheia", "o que a massa quer" e por aí fora) para as que usam os comuns mortais como nós...

Aproveitava também para pedir uma coisa... gostamos de saber quem fala connosco. Sei que alguns cometários aparecem como anónimos pela trabalheira (e seca) que é o registo e seguintes procedimentos... para estes casos podem sempre optar por assinar. Para os restantes anóninos... são sempre bem-vindos os que vierem por bem!!!