segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Da cabeça de cão à altitude

Quando passo em zonas mais isoladas da nossa região, há vezes em que me pergunto como terão lá ido parar os primeiros habitantes. Uma bússula estragada? Dias de nevoeiro, sem ver sol ou estrela polar? Mau sentido de orientação? Ou será que gostaram mesmo do que foram encontrando e procuraram o paraíso?

Estas imagens fazem parte da tal exploração turística de Agosto, no tal passeio que dei pelos lados da Pena. Que imensidão se guarda entre as montanhas. Desde a cabeça do cão, tão bem desenhada...


até à respeitosa altitude da montanha.





E por momentos respirou-se um pouco do ar puro que abunda por estes lados. Com um toque daquele frio que gela os pulmões, mesmo em Agosto! 

A esta distância, imagino as manhãs de geada que agora devem despertar os habitantes da zona. Nestes dias, valorizo muito mais os grandes luxos que temos como... água corrente! e quente!

Desde sempre que lá em casa se aproveitavam as férias escolares para revisitar os meus avós, no tempo em que a aldeia ainda estava cheia de gente. E desde sempre que me lembro de adorar ir até lá... e detestar o frio, as mãos geladas, o cieiro e a chuva que não me diexava brincar ou sequer passear.

Agora penso também no trabalho do campo e com os animais que não dava dia santo aos seus donos e que, debaixo de frio gelado ou calor de rachar tinha de ser continuado.

Este post começou por ser apenas um elogio ao tesouro de paisagem natural que temos a sorte de conhecer e de poder desfrutar, mas evoluiu para um elogio aos nossos avós (e pais). Que fortes vocês foram!

Um abraço.

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