Lembro-me de ter saudades da Roda Fundeira, dos meus avós, dos poços e das companhias de verão. Isto numa altura em que pouco fazia por lá, para além de ajudar nos trabalhos do campo quando era preciso (aquilo que sabia fazer, claro) e de me divertir a cozinhar com ervas e terra, com água que corria sempre na fonte, com os púcaros da resina que discretamente desviava do pé dos pinheiros (mas só os vazios e já partidos, para não ser muito mau)... E, como não podia deixar de ser, a ribeira, as duas horas de banho dentro da água que naquela altura era quente, e as mil parvoíces próprias da idade que se faziam...
Agora passei a pertencer aos cotas e as saudades da terra vão mudando - agora tenhos os filhotes para ensinar mais traquinices que ainda não tenham descoberto (às vezes com direito a raspanete se as descobrem antes que lhas ensine...) e poucas são as vezes em que tenho direito de ficar à noite na Eira Nova a saborear as férias.
Mas como vou sabendo o que se vai passando e é bom recordar e saborear por antecipação o novo reencontro que se aproxima, deixo-vos aqui fotos de uma dessas noites num verão recente em que se juntou uma viola com umas mãos que a conhecem e uma voz sem receio de desafinar...
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