quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Fala a Preguiça...

Há dias na Roda Fundeira que só me fazem lembrar um poema bem antigo de Álvaro de Magalhães.

Ora vejam lá se não combina com uma tarde quente, após um almoço guloso, uma toalha à beira da nova piscina do Complexo de Lazer da Foz Palheiros...


Fala a Preguiça 

Eu gosto tanto, tanto ,tanto
de estar quieta, muito parada,
de fazer nada, coisa nenhuma,
e de fazer isso, que é não fazer
e de não estar, não ir, também.
Eu cá faço nada e todos
me dizem que faço isso muito bem.

Faço arroz de nada, pudim de nada
(que não é nada, está-se mesmo a ver)

e é tudo muito bom, delicioso,
só por não ser preciso fazer.

Eu faço nada, sou um nadador,

mas não daqueles que nadam mesmo,
O que é cansativo, tão maçador;
é que nadar, cá para mim,
tem um defeito insuportável:
aquele erre que está no fim .
E não digam que não faço nada
porque eu faço isso o mais que posso
e se não faço mais é porque mesmo nada
fazê-lo muito é uma maçada.
Não quero ir. Ainda é cedo.
Que pressa é essa? Não pode ser!
Deixem-me estar porque eu hoje tenho
bastante nada para fazer...

E, depois disto, só mesmo um lanche ajantarado e uma noite de berdadeiro conbíbio na Eira Nova... com umas mines e uns Beirões, e umas cantorias ou desafinações à mistura....

Que bom é estar de férias!!!
Um abraço... 

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