terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Assembleia Geral Ordinária da Comissão de Melhoramentos de Roda Fundeira

Está convocada a Assembleia Geral Ordinária da Comissão de Melhoramentos de Roda Fundeira.

Data: 28 de Janeiro de 2012, sábado
Hora: 15h30m
Local: Casa do Concelho de Góis, em Lisboa
Ordem de Trabalhos:
  1. Apresentação e Aprovação do Relatório e Contas 2010-2011
  2. Eleição dos Corpos Sociais para o Biénio 2012-2013
  3. Outros
Caso à hora marcada o número de associados não seja suficiente para perfazer quorum, a Assembleia terá o seu início meia-hora mais tarde, ou seja às 16h00, com o número de associados que estiverem presentes.
A Roda Fundeira conta convosco!
Um abraço.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

De um a 12 é a arremedar...

Há dias lembrei-me deeste dito espectacular: "De um a 12 é a arremedar, de 12 a 24 é a desarremedar".

Alguém se lembra disto? Este era um daqueles que a minha avó dizia muito. E todos os anos eu achava que me ia lembrar de apontar e, claro, todos os anos me esquecia de o fazer... Primeiro o princípio: O que é arremedar? Pois que não sei exactamente uma definição para esta palavra. O significado implícito era "contar para a frente", ou qualquer coisa do género, dando-se a entender que de dia um a dia doze de janeiro se contavam os meses do ano. Ou melhor, o tempo dos meses daquele ano seria ditado pela amostra de cada dia de Janeiro.
Pronto, temos a primeira parte resolvida. Isto se não pensarmos naquele provérbio que diz "o mês de Agosto será gaiteiro se for bonito o primeiro de Janeiro", porque aí baralha a ordem lógica. Talvez seja uma espécie de bónus, não sei...

Bom, e passamos à segunda metade, de 12 a 24 é a desarremedar. Então, mais uma vez pela lógica, será a contar ao contrário. Mas e o 12... dá para os dois lados? Pelo sim pelo não...a matemática não deixa.

Ora então temos o esquema, só falta por o tempo que fez em cada dia. Os mais avançados nesta ciência ancestral, conseguiam calcular o tempo ao longo do mês pela observação distinta de manhã tarde e noite correspondendo a princípio, meio e fim do mês. Eu, para variar, esqueci-me de apontar, mas, se não me falha a memória...

Dia 1 e 24 - Janeiro: sol e frio
Dia 2 e 23 - Fevereiro: quente e enevoado
Dia 3 e 22 - Março:
Dia 4 e 21 - Abril
Dia 5 e 20 - Maio
Dia 6 e 19 - Junho:
Dia 7 e 18 - Julho: sol e calor
Dia 8 e 17 - Agosto: Sol e calor
Dia 9 e 16 - Setembro: sol e frio
Dia 10 e 15 - Outubro: sol e frio
Dia 11 e 14 - Novembro: Sol e frio
Dia 12 e 13 - Dezembro: vai ser farrusco, como se pode ver pela amostra do lado de fora da janela.

Agradeço a ajuda a completar o mapa... E depois de termos o nosso ano metereologicamente planeado, estamos cá para testar o tal dito!

Um abraço.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

E um Bom Ano de 2012!!!

E assim que punha os pés na estrada de terra, depois de bem sacudida pelos imensos buracos, sentia o perfume inconfundível do fumo da chaminé dos meus avós...acho que era mesmo a única altura em que gostava daquele cheiro - à chegada. No dia seguinte, já estaria desgostosa por ele não se soltar da roupa e dos cabelos, mesmo que resolvesse evitar chegar-me à lareira e enfrentar o frio gélido da minha sala...

Mas o fumo lá continuaria, uma constante nas minhas férias de Natal, também pelo facto de o meu avô todos os anos querer fazer o sobreiro de Natal. Não o bolo - lá guloso era ele, verdade seja dita - mas sim o madeiro que acendia todos os anos na véspera de Natal e que deveria arder até ao Dia de Reis... explicava-me o meu avô, pacientemente, todos os anos, que era o costume "para as almas se irem aquecer". E eu lembro-me de ficar a olhar para o madeiro e pensar como poderiam as almas vir aquecer-se naquele tronco que ficava apenas incadescente durante a noite... e o calor e as cores do lume embalavam-me enquanto aquecia os pés numa tentativa frustrada de me deitar com eles quentes... frustrada, claro está, porque a casa era pequena mas o frio suficiente para gelar em 30 segundos.

De uns anos para os outros, sempre fez parte da nossa tradição de Natal o sobreiro que o meu avô zelava com tanto carinho. E as almas puderam parar lá por casa, nas suas deambulações nocturnas, e ficar mais consoladas com o calor não da lareira, mas da lembrança dos vivos e do amor que se lhes guarda mesmo sem pensar particularmente em alguém.

Lembro-me de, no ano em que fiquei sem os meus avós, me lembrar do sobreiro de Natal e de como seria bom se as suas almas também encontrassem lareiras como a nossa para se aquecerem. E lembro-me de adormecer a sorrir pensando que o amor da nossa saudade seria suficiente...

A todos um Bom Ano de 2012!!!!
Que a beleza das tradições e conhecimentos dos antigos seja preservada, e nos sirva para crescermos e nos tornarmos melhores pessoas.
 
 
Um abraço!